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18 de julho de 2010

Análise Poética nº 22 "A Mulher Que Eu Amo"


É tudo que eu preciso pra minha alegria

A Mulher Que Eu Amo

Roberto Carlos

A mulher que eu amo/Tem a pele morena/É bonita, é pequena/E me ama também/A mulher que eu amo/Tem tudo que eu quero/E até mais do que espero/Encontrar em alguém/A mulher que eu amo/Tem um lindo sorriso/É tudo que eu preciso/Pra minha alegria/A mulher que eu amo/Tem nos olhos a calma/Ilumina minha alma/É o sol do meu dia/Tem a luz das estrelas/E a beleza da flor/Ela é minha vida/Ela é o meu amor

A música hoje é uma das mais simples que Roberto já fez. E como já disse aqui, músicas muito complicadas, e músicas muito fáceis, são muito mais difíceis de se 'ver' a poesia. Mas aqui temos toda a descrição da mulher amada. Ele exemplifica e exalta cada mínimo detalhe dela. A pele, a altura, o sorriso, os olhos... Tudo é exaltado como sempre acontece quando estamos amando. Ele define bem que ela é tudo para ele.

A mulher que eu amo/É o ar que eu respiro/E nela eu me inspiro/Pra falar de amor/Quando vem pra mim/É suave como a brisa/E o chão que ela pisa/Se enche de flor/A mulher que eu amo/Enfeita a minha vida/Meus sonhos realiza/Me faz tanto bem/Seu amor é pra mim/O que há de mais lindo/Se ela está sorrindo/Eu sorrio também/Tudo nela é bonito/Tudo nela é verdade/E com ela eu acredito/Na felicidade/Tudo nela é bonito/Tudo nela é verdade/E com ela eu acredito/Na felicidade...

A música vai seguindo a mesma linha de descrição minuciosa, mas dessa vez ele vai municiando aquilo que a presença dela faz em sua vida. Tudo se demonstra perfeito com ela. Ela é o ar para ele, uma necessidade para viver. Tudo se torna perfeito e lindo perto dela, o chão se torna florido. E mais que tudo, ela traz para ele a felicidade.

A Próxima Música é: Você Vai Ser O Meu Escândalo

- Diego Bachini Lima é estudante de engenharia, fã de Roberto Carlos (no Brasil) e Bee Gees (no exterior); colunista mensal do Blog Roberto Carlos Internacional, e volta agora para poder escrever mais para vocês :D

31 de outubro de 2009

Análise Poética nº 21 "Quase Fui Lhe Procurar"


Eu quero lhe pedir para deixar Pelo menos lhe encontrar

Quase Fui Lhe Procurar
Getúlio Côrtes

Eu pensei em lhe falar/ Quase fui lhe procurar/ Mas evitei/ E aqui fiquei/ Sofrendo tanto a esperar/ Que um dia você por fim/ Talvez voltasse pra mim/ Mas me enganei/ E então eu vi/ O longo tempo que perdi

Acho essa uma das músicas mais bonitas de RC, e a mais bonita de Getúlio Côrtes. A situação é de um cara que apaixonado ficou a esperar sua amada. Só que ele mesmo diz que faltou atitude dele. Ele deveria ter a procurado enquanto era tempo. Mas agora o tempo alimentou o amor e com isso ele sofre e vê seu erro de ter ficado parado.

E agora não sei mais por que/ Não consigo lhe esquecer/ Eu quero lhe pedir para deixar/ Pelo menos lhe encontrar/ Pra dizer que errei, mas se você me aceitar/ Vou prometer recomeçar um grande amor/ Que por tão pouco acabou/ Que por tão pouco acabou...

Agora ele se da conta de quanto o amor tomou conta dele... E decide tentar concertar seus erros. Adimitir para a amada que errou. E se ela se mostrar piedosa com ele, ele ainda acredita nesse amor. Ele vai querer tentar de novo. Afinal foi por muito pouco que acabou.

A Próxima Música é: A Mulher Que Eu Amo

- Diego Bachini Lima é estudante, fã de Roberto Carlos (no Brasil) e Bee Gees (no exterior); colunista semanal do Blog Roberto Carlos Internacional, e trás uma boa notícia do Twitter do site oficial de Roberto Carlos:

18 de outubro de 2009

Análise Poética nº 20 "Querem Acabar Comigo"

Nem eu mesmo sei porque...

Querem Acabar Comigo
Roberto Carlos

Querem acabar comigo/ Nem eu mesmo sei por que/ Enquanto eu tiver/ Você aqui/ Ninguém poderá me destruir

Querem acabar comigo reflete um momento em que a música estava dividida no Brasil, entre aqueles que diziam fazer uma música genuinamente brasileira (que não era, já que todos os ritmos 'brasileiros' derivam de ritmos internacionais, como o samba de roda que veio da África, a Bossa Nova, que teve inspiração no Jazz e no Blues norte-americanos), e aqueles que faziam, o que apesar de ser chamado de Iê Iê Iê, era na verdade Rock'n'Roll, na sua 'versão' anos 60, mas feito em Português por brasileiros.
Roberto era o grande alvo, por ser o grande líder da Jovem Guarda. Essa música ele fez como uma bronca dele com todos aqueles que ficavam falando mal da música da Jovem Guarda (que era adorada pelo povo).

Roberto na verdade nunca entendeu isso (Erasmo também não). Pra eles a música é universal, algo que qualquer pessoa sensata percebe. Mas quando Roberto fez essa música ele tava bronqueado com o pessoal da música brasileira, e quis dizer que enquanto seu público estivesse com ele, ninguém ia poder lhe destruir. Mas na música ele faz isso com alusão a uma garota.

Querem acabar comigo/ Isso eu não vou deixar/ Me abrace assim, me olhe assim/ Não vá ficar longe de mim/ Pois enquanto eu tiver você comigo/ Sou mais forte para mim não há perigo

Roberto a partir de então mostrou que não estava pra brincadeira. Depois de 1966 quando gravou essa música, só cresceu seu lugar no coração dos brasileiros. Sua 'luta' foi vencida com folga. E aqui ao dizer que não ai deixar acabarem com ele, ele dá esse primeiro sinal de vitória.

Você está aqui/ E eu estou também/ E com você eu não temo ninguém/ Você sabe bem de onde eu venho/ E no coração o que tenho/ Tenho muito amor/ E é só o que interessa/ Fique sempre aqui/ Pois a verdade é essa.

Aqui o carinho pelos fãs se mostra evidente. Mas é claro que a música não foi feita com o intuito de falar que a força de RC vinha dos fãs. Roberto sabia disso e usou na canção. O verdadeiro objetivo da música era demostrar um Roberto Carlos insatisfeito com a critica e não compreendendo o motivo para tentarem acabar com ele.

A Próxima Música é: Quase Fui Lhe Procurar

- Diego Bachini Lima é estudante, fã de Roberto Carlos (no Brasil) e Bee Gees (no exterior); colunista semanal do Blog Roberto Carlos Internacional, e quer dedicar essa coluna a um de seus ídolos que corre agora (14h) no GP do Brasil, Rubens Barrichello. Independente de todos aqueles que 'quiseram acabar com ele', com sua imagem, e independente do resultado da corrida, ele assim como Roberto Carlos quando o ele fez essa música soube provar ser maior que todas as criticas. Boa sorte Rubens. Viva Roberto Carlos e sua poesia!!!

31 de agosto de 2009

Análise Poética nº 19 "Amigo"

Não preciso nem dizer tudo isso que eu lhe digo. Mas é muito bom saber que eu tenho um grande amigo...

Amigo
Roberto Carlos; Erasmo Carlos

Você meu amigo de fé, meu irmão camarada/ Amigo de tantos caminhos e tantas jornadas/ Cabeça de homem mas o coração de menino/ Aquele que está do meu lado em qualquer caminhada


A amizade é uma das coisas mas importantes para o ser humano. Amigo consegue trasmitir tudo o que existe em uma grande amizade. A verdadeira irmandade, as vezes mais forte que a de sangue mesmo. Roberto retrata Erasmo como ele realmente é e como todo amigo deve ser: ter a responsabilidade de um homem feito, com a pureza do coração de uma criança. Aquele que não importa a circunstância, esta para andar lado a lado, ombro a ombro, com sorrisos e com lágrimas.

Me lembro de todas as lutas, meu bom companheiro/ Você tantas vezes provou que é um grande guerreiro/ O seu coração é uma casa de portas abertas/ Amigo você é o mais certo das horas incertas

Dizem que conheçemos os amigos quando estamos nos momentos de dificuldade. Roberto fez questão de não só falar disso, mas de falar da grande superação de Erasmo. Aqui (talvez sem querer) a música acaba ganhando um sentido que foi mais explorado nos países que falam espanhol: o Amigo também pode ser Jesus Cristo, que é o grande amigo de todos nós. O mais certo nas horas incertas.

Às vezes em certos momentos difíceis da vida/ Em que precisamos de alguém pra ajudar na saída/ A sua palavra de força, de fé e de carinho/ Me dá a certeza de que eu nunca estive sozinho/

As vezes uma palavra, um pequeno incentivo, vale mais que qualquer outra coisa. Nos momentos de dor é que podemos ver o que essas palavras conseguem nos confortar. E nos fazem sentir mais forte para lutar, e saber que não estamos sozinhos (criando mais uma analogia com Jesus Cristo e Deus)

Você meu amigo de fé, meu irmão camarada/ Sorriso e abraço festivo da minha chegada/ Você que me diz as verdades com frases abertas/ Amigo você é o mais certo das horas incertas

Amizade é feita também de sinceridade. As vezes é preciso dizer a verdade para o bem do amigo. E com Roberto e Erasmo, essas verdades são frases abertas, sem medo da reação do outro. Mas aqui Roberto também fala de como é bom encontrar com Erasmo nos momentos de felicidade, pois ele é 'Sorriso e abraço festivo da minha chegada'...

Não preciso nem dizer/ Tudo isso que eu lhe digo/ Mas é muito bom saber/ Que você é meu amigo/ Não preciso nem dizer/ Tudo isso que eu lhe digo/ Mas é muito bom saber/ Que eu tenho um grande amigo

E verdade. Quando Roberto mostrou essa música no apartamento do Erasmo em Ipanema, o Tremendão sabia que ele não precisava dizer uma palavra de tudo o que ele tinha dito. Ele já sabia de tudo. E chorou como uma forma de mostrar o quanto Roberto era, e ainda é, tão importante pra ele. Que ele também queria que RC soubesse que ele também era um grande amigo.

Uma amizade é assim, uma via de mão dupla, onde não é importante a quantidade de afeto, mas apenas a existência dele nos dois lados.

A Próxima Música é: Querem Acabar Comigo

- Diego Bachini Lima é estudante, fã de Roberto Carlos (no Brasil) e Bee Gees (no exterior); colunista semanal do Blog Roberto Carlos Internacional, e dedica essa coluna aos seus amigos em especial a Julienn Scott Murray Breder e Guilherme Ferreira Cordeiro que foram 'os mais certos nas horas incertas'; agradece também aos meus amigos HenryRoss, Tadeu Prado e James Lima pelas oportunidades no blog Roberto Carlos Internacional, no programa Roberto Carlos Suas Músicas E Sua História, e no Blog Roberto Carlos Braga, respectivamente, aonde pude me expressar falando das músicas, dos duetos, e dos discos do Rei Roberto Carlos.
ESSE MÊS DE AGOSTO NOSSA COLUNA COMPLETOU 1 ANO! FOI NO DIA 11/08/2008 ÀS 17:18 QUE A ANÁLISE DE AMADA, AMANTE FOI PUBLICADA.

26 de julho de 2009

Análise Poética nº 18 “De Tanto Amor”

Vou chorar mais uma vez, quando olhar nos olhos seus... Nos olhos seus...

De Tanto Amor
Roberto Carlos; Erasmo Carlos

Ah! Eu vim aqui, amor/ Só pra me despedir/ E as últimas palavras/ Desse nosso amor/ Você vai ter que ouvir

A solidão, a conciencia de que não existe mais chance de nada, faz com que ele (ou ela) se humilhe ao máximo por um resto de atenção, antes do fim.

Me perdi de tanto amor/ Ah! Eu enlouqueci/ Ninguém podia amar assim/ E eu amei e devo confessar/ Ai foi que eu errei

Ele tenta explicar quase desesperadamente o que aconteceu. Porque ele se perdeu nesse amor. Ele 'exagerou' e por isso errou...

Vou te olhar mais uma vez/ Na hora de dizer adeus/ Vou chorar mais uma vez/ Quando olhar nos olhos seus/ Nos olhos seus...

A agonia de olhar novamente a amada, de se despedir, de ter de encarar toda a história de amor, e o seu final, e por fim olhar nos olhos dela é demais para ele. Chorar é inevitavél...

A saudade vai chegar/ E, por favor, meu bem/ Me deixe pelo menos só te ver passar/ Eu nada vou dizer/ Perdoa se eu chorar...

No dia em que ele de novo sentir falta de todo esse amor, sabe que será ainda mais difícil que nessa despedida. Ele se humilha mais ainda... "Me deixe pelo menos só te ver passar". Isso já é o suficiente para sobreviver... Ele não vai dizer nada... Mas sabe que as lagrimas vão rolar... E pede perdão por isso...

A Próxima Música é: Amigo

- Diego Bachini Lima é estudante, fã de Roberto Carlos (no Brasil) e Bee Gees (no exterior); colunista semanal do Blog Roberto Carlos Internacional, e esteve muito ocupado, tendo que tirar umas férias das análises. Agora as análises passaram a ser mensais.

15 de março de 2009

Como Se Faz A 'Análise Poética'?

Certo dia me veio uma ideia (quase esqueci que ideia não tem mais acento), de mostrar como eu faço a minha coluna a Análise Poética. Fui então preparando tudo para fazer uma reportagem especial.

1. Escolha Da Música: Prefiro escolher de acordo com meu momento pessoal. Assim a análise sai melhor, com mais sentimento. Em 2009 porém até a 23ª análise, estão pré programadas.

2. Escrevendo (Digitando): A 1ª e a 11ª análises foram escritas em papel e lapiseira (grafite 0.7mm). Todas as outras, por causa da pressa foram digitadas pouco antes de publicadas (menos a 16ª, O Calhambeque (Road Hog) que consegui fazer bem antes do dia 4.

2.1. Transpiração: O Começo é sempre a parte mais difícil... Às vezes demoro semanas para conseguir começar uma análise que demoro 10 mins para escrever e escolher a frase debaixo da foto.

2.2 Inspiração: Tento sempre escrever com o coração... Se estou triste, com raiva, uma música como Você Não Serve Pra Mim se torna fácil de escrever por causa dos sentimentos. Quando se está amando loucamente, análises de músicas como Amada, Amante saem com uma incrível naturalidade.

2.3 O Final: Os rodapés as vezes demandam tanto trabalho quanto a análise. Escrever tipo um recado ao final é as vezes uma batalha pela falta de assunto.

3. Publicação: As análises deveriam (deveriam) ser publicadas as sextas feiras. Mas... Nem sempre elas ficam prontas as sextas, atrasando a publicação

4. Retorno (Comentários): Os comentários são muito importantes para melhorar as análises. Vendo a forma de antigas análises e de novas, percebo a diferença que o tempo fez nelas... Pefiro nem alterar a formatação para ficar igual a atual, por que acho que é uma amostra da evolução da coluna...

1 de março de 2009

Análise Poética nº 17 "O Portão"

Meu retrato ainda na parede... Meio amarelado pelo tempo...
"'O Portão' é uma das músicas mais difíceis de ser analisadas. Isso porque é extremamente simples. Já se auto-explica. Mas alguns 'detalhes' podem ser encontrados. Lançada em 74, ela está em um disco que parece tem um leve protesto, em músicas como Despedida (a despedida de um exilado político), É Preciso Saber Viver (que talvez tenha perdido a segunda parte para ganhar um novo sentido, menos Romântico), Eu Quero Apenas ('Quero meu filho pisando firme, cantando alto, sorrindo livre' em plena ditadura política). 'O Portão' parece ser a chegada de um exilado, mas sem perder o clássico estilo romântico de Roberto e Erasmo."

O Portão
Roberto Carlos; Erasmo Carlos

Eu cheguei em frente ao portão/ Meu cachorro me sorriu latindo/ Minhas malas coloquei no chão/ Eu voltei/ Tudo estava igual como era antes/ Quase nada se modificou/ Acho que só eu mesmo mudei/ E voltei...

Erasmo já disse que adora fazer essa imagem, que aparecem muito em o O Portão. A ideia de O Portão era de alguém a muito tempo longe de casa, e a primeira coisa que ele vê é o cachorro abanando o rabo... Mas como falar 'Meu cachorro me abanou o rabo' em uma música romântica? Nasceu "Meu cachorro me sorriu latindo". Fantástico. Ele vai descrevendo como em um filme em primeira pessoa sua chegada. As imagens se formam com grande facilidade. Ao chegar ele faz uma reflexão sobre esse tempo fora de casa.

1º Refrão:
Eu voltei agora pra ficar/ Porque aqui, aqui é meu lugar/ Eu voltei pras coisas que eu deixei/ Eu voltei...


Aqui ele decreta: Não deu para ficar longe de casa. Foi por causa do lugar, ou de quem está nele que não deu pra ficar longe.

Fui abrindo a porta devagar/ Mas deixei a luz entrar primeiro/ Todo meu passado iluminei/ E entrei.../ Meu retrato ainda na parede/ Meio amarelado pelo tempo/ Como a perguntar por onde andei/ E eu falei...

A descrição continua, e a facilidade das imagens também. Ele está com um pouco de receio, afinal ele não sabe se as pessoas mudaram com o tempo que esteve distante... Então ele vê que por dentro da casa nada mudou. E pensa: 'Se ela perguntar o que eu vou falar?'

2º Refrão:
Onde andei não deu para ficar/ Porque aqui, aqui é meu lugar/ Eu voltei pras coisas que eu deixei/ Eu voltei...


Não deu pra ficar longe do que e de quem se ama. Aquele é seu lugar. As lembranças não não ficaram para trás...

Sem saber depois de tanto tempo/ Se havia alguém a minha espera/ Passos indecisos caminhei/ E parei.../Quando vi que dois braços abertos/ Me abraçaram como antigamente/ Tanto quis dizer e não falei/ E chorei...

A casa está como sempre... Mas e quem mora nela? Será que ainda está lá? Ele sente um frio na barriga. Caminha sem decisão... E vê, 'dois braços abertos' que o 'abraçaram como antigamente'. E não deu para conter as lágrimas...

1º Refrão

Eu cheguei em frente ao portão/ Meu cachorro me sorriu latindo

E então ele relembra esses primeiros detalhes... A chegada e o 'sorriso'...

A Próxima Música é: De Tanto Amor

- Diego Bachini Lima é estudante, fã de Roberto Carlos (no Brasil) e Bee Gees (no exterior); colunista semanal do Blog Roberto Carlos Internacional, e vai fazer várias análises seguidas na mesma semana... Aguarde!

21 de fevereiro de 2009

Análise Poética nº 16 "À Distância..."

'Eu só queria lhe dizer que eu, tentei deixar de amar, não consegui...'

À Distância...
Roberto Carlos; Eramos Carlos
Nunca mais você ouviu falar de mim/Mas eu continuei a ter você/ Em toda esta saudade que ficou.../ Tanto tempo já passou e eu não te esqueci.

À Distância se encaixa em várias histórias. Abandono, fim de caso, etc... Fica difícil saber... Mas por algum desses (ou outros) motivos, o casal está separado. A muito tempo. Ele continua alimentando essa paixão. Ou a paixão não vai embora, porque o coração sente que não tinha de terminar assim...

Refrão:
Quantas vezes eu pensei voltar/ E dizer que o meu amor nada mudou/ Mas o meu silêncio foi maior/ E na distância morro/ Todo dia sem você saber.


Ele já pensou em ir atrás dela, dizer tudo o que seu coração, que está quase explodindo, quer dizer. Mas o medo de mais um não é maior, e ficar à distância fica cada vez mais mortal...

O que restou do nosso amor ficou/ No tempo, esquecido por você.../ Vivendo do que fomos ainda estou/ Tanta coisa já mudou, só eu não te esqueci.

Ele fala que ela se esqueceu de tudo: dos momentos de amor e prazer dos dois. Ele vive do passado cheio de felicidade. Mas ele olha em volta e vê quanto o seu mundo mudou... E não esqueceu

Refrão

Eu só queria lhe dizer que eu/ Tentei deixar de amar, não consegui/ Se alguma vez você pensar em mim/ Não se esqueça de lembrar/ Que eu nunca te esqueci


Ele dá o último suspiro. Ele fez de tudo pra esquecer, mas não dá... E pede um último consolo: que ela quando lembrar dele, recorde que ele ainda a ama...

Refrão

A Próxima Música é: O Portão

- Diego Bachini Lima é estudante, fã de Roberto Carlos (no Brasil) e Bee Gees (no exterior); colunista semanal do Blog Roberto Carlos Internacional, e IMPLORA que parem de escrever o nome dessa música de maneira errada. Não é A Distância é 'À Distância...' Com CRASE e RETICENCIAS!!! Está ai uma foto do disco de 1972:

4 de fevereiro de 2009

Análise Poética nº 15 - "O Calhambeque (Road Hog)"

O Calhambeque (Road Hog)

Antes de falar da música, é preciso falar da lenda... O Ford 29, que no Brasil, pelas bocas do povo é o Calhambeque. Um carro que cativa tanto quanto outros ícones, como o Fusca. É UNICO. E foi com a música 'O Calhambeque (Road Hog)' que eu Diego Bachini Lima e HenryRoss também (de acordo com ele) começamos a nos interessar pelo Rei Roberto Carlos. De certa forma, pode-se dizer, que sem o Calhambeque, não existiria esse blog. E é por isso que essa coluna será hoje, (a contra-gosto do dono do blog, eu sei) muito grande, por causa de muitas fotos. Mas essa música foi escolhida para hoje, não por acaso. Hoje eu completo 18 anos de idade, e venho aqui comemorar com vocês meus leitores fãs de Roberto Carlos (ou não, no caso do meus amigos que eu passo o link, para que leia minha coluna). A análise vai ficar pro final do post... Hoje será quase uma homenagem a esse automovél...

Rio de Janeiro - RJ
CY-8444

No Salão De Acessórios... 'É Bicho, que beleza essa coluna especial!'

No dia da entrega...


O Calhambeque em 'Detalhes'

Cabine

Instrumentos

Motor

Por fim, Recordar é viver...

O Calhambeque era assim...

...veio pra cá...

...foi re-projetado...

...e ficou assim! Uma Brasa, Mora?



AGORA SIM AQUI A ANÁLISE:

O Calhambeque (Road Hog)
Erasmo Carlos; Gwen Loudermilk; John D Loudermilk

Essa é uma das muitas histórias que acontecem comigo/ Primeiro foi Susi, quando eu tinha a lambreta/ Depois comprei um carro, e parei na contramão/ Tudo isso sem contar o tremendo tapa que eu levei/ Com a história do Splish-Splash/ Mas essa história também é interessante...
Ele começa falando de sua história... Contar histórias foi e ainda é o grande constante nas músicas do rei, sejam dele ou não. Susi foi a primeira música de autoria só do Roberto a ser gravada...
Parei Na Contramão, seu primeiro sucesso no Rio de Janeiro. Splish-Splash se segundo sucesso no Rio. Mas já vai começar a nova história

Mandei meu Cadilac pro mecânico outro dia/ Pois há muito tempo um conserto ele pedia/ E como vou viver sem um carango pra correr/ Meu Cadilac bip bip/ Quero consertar meu Cadilac
É um jovem da classe média, que tem seu carrão americano, simbolo de status para com as garotas sair. Mas com o carro com um defeitinho aqui e outro ali não dá pra sair. Mas ai ele tem uma pequena (pequena mesmo) crise de consiencia... 'Mas com que carro eu vou andar bicho?' Mas ele sabe que o Cadilac ele precisa consertar...

Com muita paciência o rapaz me ofereceu/ Um carro todo velho que por lá apareceu/ Enquanto o Cadilac consertava eu usava/ O Calhambeque bip bip/ Quero buzinar o Calhambeque

O moço da oficina tem um opção que não é muito agradável... 'Pô um carro velho!?' Até hoje existe um certo preconceito com modelos mais históricos, como o Fusca por exemplo. Mas ele percebe que não tem jeito... E vai de Calhambeque mesmo.

Saí da oficina um pouquinho desolado/ Confesso que estava até um pouco envergonhado/ Olhando para o lado com a cara de malvado/ O Calhambeque bip bip/ Buzinei assim o Calhambeque.
Ele ficou meio tenso... 'Pô pessoal vai rir de mim com esse Calhambeque'. Mas mesmo no carrinho quis se mostrar superior, e olhou com sua cara de mau... E buzinou o Calhambeque

E logo uma garota fez sinal para eu parar/ E no meu Calhambeque fez questão de passear/ Não sei o que pensei, mas eu não acreditei/ Que o Calhambeque bip
bip /O broto quis andar no Calhambeque.
Mas... As coisas estavam acontecendo diferentemente do que ele pensou... O Broto adorou o Calhambeque... Carrinho diferente que não se vê sempre nas ruas... Charmoso por natureza... Mas ele não acreditou... Afinal o q tinha aquele carro? Por que o broto quis andar no Calhambeque?
E muitos outros brotos que encontrei pelo caminho/ Falavam que estouro, que beleza de carrinho/ E eu fui me acostumando e do carango fui gostando/ O Calhambeque bip bip/ Quero conservar o Calhambeque.
Estão todas as garotas achando um máximo esse carango... E ele vai adorando estar fazendo tanto sucesso com o carro... Começa a pegar afetividade... Imagino que o dirige com um largo sorriso no rosto... 'É melhor cuidar bem do Calhambeque.

Mas o Cadillac finalmente ficou pronto/ Lavado, consertado, bem pintado, um encanto/ Mas o meu coração na hora exata de trocar, bip, bip/ O Calhambeque bip bip/ Meu coração ficou com o Calhambeque.

O 'Avião' tá pronto... está como novo... Mas... Ele acabou gostando tanto do Calhambeque, que não vai saber ficar sem ele... Ele vai ficar com o Calhambeque... E 39 anos depois soubemos que ele ainda está com os 2: 'O Cadillac ao lado do meu Calhambeque'

Bem, vocês me desculpem, mas agora eu vou-me embora/ Existem mil garotas querendo passear comigo/ Mas é por causa desse Calhambeque, sabe?/ By, By.

Depois de uma ótima história como essa ele parece adiantar as próximas... As histórias com o brotos, que Roberto e Erasmo iriam falar anos depois em músicas como Proposta e Seu Corpo. Até os dias de hoje o Calhambeque se mantém no imaginário de adultos, jovens e crianças... Muito por causa do charme do pequeno carango. Mas talvez muito mais por causa dessa história que Erasmo escreveu, e Roberto, eternizou cantando. 'As garotas só saem por causa desse calhambeque sabe?'...

A Próxima Música é: À Distância...


- Diego Bachini Lima é estudante, fã de Roberto Carlos (no Brasil) e Bee Gees (no exterior); colunista semanal do Blog Roberto Carlos Internacional, está muito feliz de poder compartilhar esse momento com todos aqueles que lerem essa coluna. Obrigado pelo carinho que recebi em diversos comentário :')

31 de janeiro de 2009

Análise Poética nº 14 “Samba Do Avião”

"Cristo Redentor, braços abertos sobre a Guanabara..."

Samba Do Avião
Antonio Carlos Jobim


Minha alma canta/ Vejo o Rio de Janeiro/ Estou morrendo de saudade/ Rio, teu mar, praias sem fim/ Rio você que foi feito pra mim
Samba Do Avião fala da paixão de um carioca (de sangue como no caso do Tom), ou de coração (no caso do Roberto). Retrata a volta de um músico (por isso "Minha alma canta") a cidade após uma temporada fora. Ele olha pela janela do avião, e vê o Rio perfeito, sem problemas. Ele vê somente suas belezas... Tudo o que foi feito pra ele...

Refrão
Cristo Redentor/ Braços abertos sobre a Guanabara/Este samba é só porque/ Rio eu gosto de você/ A morena vai sambar/ Seu corpo todo balançar

As belezas são descritas uma a uma em sequência. O Cristo, a Baía de Guanabara, a morena... Seu corpo...

Rio de sol, de céu, de mar/ Dentro de mais um minuto estaremos no Galeão/ Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/ Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Tudo aquilo que o Rio apresenta para o mundo... Seu sol, seu céu, seu mar... A ansiedade aumenta, e um minuto ele vai chegar... (Às Vezes em algumas gravações o Tom soltava um 'Copacabana' entre os "Rio de Janeiro, Rio de Janeiro" o que mostra em que lugar do Rio sua cabeça estava)

Refrão

Aperte o cinto, vamos chegar/ Água brilhando, olha a pista chegando/ E vamos nós/ Aterrar!

Então o avião vai pousando e mais detalhes bonitos são por fim revelados... E então finalmente ele vai chegar!

A Próxima Música é: O Calhambeque

- Diego Bachini Lima é estudante, fã de Roberto Carlos (no Brasil) e Bee Gees (no exterior); colunista semanal do Blog Roberto Carlos Internacional, e anúncia que a próxima coluna será especial! Quarta-Feira dia 4. Aguarde e confira ;)...

24 de janeiro de 2009

Análise Poética nº 13 “Como Vai Você”

"Eu quero amanhecer ao seu redor"


Como Vai Você
Antonio Marcos; Mario Marcos

Como vai você?/ Eu preciso saber da sua vida/ Peça a alguém pra me contar sobre o seu dia/ Anoiteceu e eu preciso só saber...

A tristeza esta balançando seu coração. A saudade é muito grande. Ele precisa saber como está seu amor...

Como vai você?/ Que já modificou a minha vida/ Razão de minha paz já esquecida/ Nem sei se gosto mais de mim ou de você...

Ela o fez mais feliz, estar com ela era como estar em outro mundo, um mundo de felicidade. Na última frase um duplo sentido devido a pausa: "Nem sei se gosto mais de mim" porque a tristeza esta acabando com ele. O "ou de você..." da um outro sentido mostrando que o amor por ela é tão grande, que parece estar tomando conta do seu amor próprio.

Vem, que a sede de te amar me faz melhor/ Eu quero amanhecer ao seu redor/ Preciso tanto me fazer feliz!

O desejo do amor, quando saciado faz ele se sentir completo. Após todo o amor, ele quer ela ali do seu lado ao acordar. Mas... Essa parte da música é um tanto egoísta, e quebra a poesia um pouco. ME FAZER FELIZ... Então só importa a felicidade dele? Roberto às vezes parece corrigir quando na segunda parte ele canta "lhe fazer feliz" equilibrando o desejo de felicidade para os dois... Mesmo assim, existem momentos em que realmente quando amamos, a nossa felicidade é mais importante que a do nosso amor...

Vem, que o tempo pode afastar nós dois/ Não deixe tanta vida pra depois/ Eu só preciso saber.../ Como vai você?

O tempo é sempre o maldito que apaga as lembras do amor, afasta os amantes... Ele suplica, pra que eles possam viver juntos agora. Ele só quer saber, como vai você...

A Próxima Música é: Samba Do Avião

- Diego Bachini Lima é estudante, fã de Roberto Carlos (no Brasil) e Bee Gees (no exterior); colunista semanal do Blog Roberto Carlos Internacional, e está numa 'temporada' de análises muito difíceis.

15 de janeiro de 2009

Análise Poética nº 12 “Lígia”

Você se aproxima de mim com esses modos estranhos, eu digo que sim. Mas seus olhos castanhos me metem mais medo que um raio de sol...

Lígia

Antonio Carlos Jobim (versão com toques de Chico Buarque)

Eu nunca sonhei com você/ Nunca fui ao cinema/ Não gosto de samba/ Não vou à Ipanema/ Não gosto de chuva/ Nem gosto de sol

A vida dele era um mar asmo. Meio rabugento, não gosta de nada. Nunca pensou em viver até então. Ele estava apenas tocando a vida.

E quando eu te telefonei/ Desliguei, foi engano./ Seu nome eu não sei,/ Esqueci no piano as bobagens de amor/ Que eu iria dizer/ Lígia, Lígia.

Então quando ele se apaixonou o medo tomou conta dele. Ele tentou telefonar e dizer o que estava sentido para ela. Mas faltou coragem, e ele disse ser engano. Só para ouvir a voz e o nome dela. Ele foi então até seu piano para dizer em melodias tudo o queria falar.

Eu nunca quis tê-la ao meu lado/ Num fim de semana/ Um choop gelado em Copacabana/ Andar pela praia até o Leblon

Ele fala da 'rotina de fim de semana' dele. O sair pra tomar um choop num barzinho em Copacabana e depois fazer uma caminhada até o Leblon... Ele nunca pensou em ter alguém pra fazer isso com ele.

E quando eu me apaixonei/ Não passou de ilusão/ O seu nome eu rasguei/ Fiz um samba-canção/ Das mentiras de amor/ Que aprendi com você./ Lígia, Lígia.

Quando ele se apaixonou, ela transformou tudo em nada. Ele foi tomado pela ódio, e quis esquecer dela. Mais uma vez foi para a música tentar se apoiar nela, desabafando, falando de todas as ilusões e mentiras de tudo que ele passou e aprendeu com ela.

Você se aproxima de mim/ Com esses modos estranhos/ Eu digo que sim/ Mas seus olhos castanhos/ Me metem mais medo que um raio de sol

Essa é a parte que mais me encanta nessa música: Olhos castanhos. As músicas do mundo todo exaltam os olhos verdes ou azuis (visto "Aquellos Ojos Verdes"(N. Menendez; A. Utrera) e "Your Song"(Elton Jonh) pro exemplo). Lígia não. A beleza dos olhos castanhos é valorizada. (Os belos olhos que estão na abertura dessa coluna, não me deixam mentir.)
Ela ainda parece gostar dele por isso quando ela vem, ele esquece de tudo e diz sim pra esse amor... Mas os olhos castanhos ofuscam sua visão. Mais do que um raio de Sol.

E quando você me envolver em teus braços serenos/ Eu vou me render/Mas seus olhos morenos/ Me metem mais medo/ Que um raio de sol/ Lígia, Lígia.

O dia que ela quiser estar com ele mais uma vez, ele não vai se opor. Mas os olhos morenos (ou castanhos) o fazem ele tremer de medo. Mais do que de um raio de Sol.


A Próxima Música é: Como Vai Você

- Diego Bachini Lima é estudante, fã de Roberto Carlos (no Brasil) e Bee Gees (no exterior); colunista semanal do Blog Roberto Carlos Internacional, e já teve o prazer de cantar Lígia no final de um dos ensaios da peça "Um 'Tom' Na Literatura" que homenageava Tom Jobim, com o grande músico Victor Ludolf ao violão, e com Bernardo Dugin e Walknéia da Rocha ouvindo essa versão analisada hoje, em 2007.

5 de janeiro de 2009

Análise Poética nº 11 "Você Não Serve Pra Mim"

Não pense que eu sou ruim! Vou procurar outro alguém... Voceeeeeeeê... Não serve pra mim!!! Não serve pra mim!!!


Você Não Serve Pra Mim
Renato Barros

Não fique triste, não se zangue/ Com tudo que eu vou lhe falar/ Sinto demais, porém agora/ Tenho de lhe explicar/ Você comigo não combina/ Não adianta nem tentar/ Não vejo mais razão nenhuma/ Para continuar

Ele está cansado. Cansado de ver que o amor entre os dois não está certo. Aliais se existe amor ele já não sabe. Ele tenta ser educado, mas é direto no assunto. A história dos dois acabou. 

Refrão:
Não quero mais seu amor!/ Não pense que eu sou ruim!/ Vou procurar outro alguém/ Você não serve pra mim!!!/ Não serve pra mim!!!


Ele está abalado, triste, magoado... Tudo por causa dela... Ele quer seguir um novo rumo, e quer que ela também entenda isso...

Uma palavra de carinho/ Jamais ouvi você falar/ Seu beijo tão indiferente/ Foi o que me fez pensar/ No tempo que eu estou perdendo/ No amor que eu tenho para dar/ Deve existir alguém querendo/ O que você não quis ligar

Aqui aparecem os detalhes do relacionamento: a falta das juras de amor e carinho, a frieza na hora do beijo... Ele 'cai na real' e percebe que tem amor demais dentro de si, para oferecer a quem não merece

Refrão

Pode ser que alguém/Lhe queira dar/Um grande amor/Quero que você seja feliz/Com outro alguém/Porque eu...

Ele ainda é gentil, talvez demonstrando que está partindo por culpa dela... Ele sabe que ele não era o que ela queria, mas que ainda assim, ele se sente superior a tudo isso... E deseja até mesmo a felicidade dela... Ou não. Talvez diga isso por ironia... Quem sabe?

Refrão

A Próxima Música é: Lígia

- Diego Bachini Lima é estudante, fã de Roberto Carlos (no Brasil) e Bee Gees (no exterior); colunista semanal do Blog Roberto Carlos Internacional, e está começando a compor músicas. Já são 4: Oh Amiga; Te Esqueci; Se É Verdade; Mais Uma Vez...

28 de dezembro de 2008

Análise Poética nº 10 "Amigos, Amigos"

Depois de tanto rabiscar, em tudo, em qualquer lugar, seu nome e o meu...

Amigos, Amigos
Isolda; Milton Carlos

Tanto tempo de nós dois/ Não sei por que pouco depois/ Não existe mais/ Tantas cartas já escritas/ Tantas noites mal dormidas/ É o que aqui me traz/ E você ainda insiste em pedir/ Que eu continue a lhe ver/ Na simples condição de amigos

Amigos, Amigos conta a história de um rapaz (no caso com Roberto cantando, já que na letra não é possível definir nenhum gênero) que se apaixona pela amiga. Ela, porém não quer nada além da amizade... Ele já se declarou, e está sofrendo pela solidão.

Depois de tanto rabiscar/ Em tudo, em qualquer lugar/ Seu nome e o meu/ Tudo que é seu está marcado/ O seu retrato até molhado/ Pelos beijos meus/ Nosso mundo de promessas/ De palavras de carinho/ Vi cair no chão/ E você quer a condição de amigos

Quando se está apaixonado, é natural escrever as iniciais da amada em todos os cantos: na mesa do colégio, nos cantos das folhas dos cadernos, dos livros... Olhar uma fotografia e sentir vontade de ter quem se ama perto de você... Choramos e beijamos a foto da amada. Nesse trecho da música uma segunda visão de situação pode ser vista: Um casal que se separou, e apesar de ele ainda a amar, ela só que a amizade dele ‘Nosso mundo de promessas/ De palavras de carinho/ Vi cair no chão’

Refrão:
Amigos, amigos/ Não sei como nem por que/ Amigos, amigos/ Amigos, só amigos nada mais...

Ele repete não aceitando a condição... Como viver sabendo que quem você ama só lhe quer como um simples e comum amigo?

Seus cabelos, suas mãos/ A sua voz com emoção/ Guardo comigo/ E a vontade que senti/ De me enganar que te esqueci/ Não fez sentido/ A saudade não contada/ Toda a lágrima calada/ Não posso guardar/ E não podemos ficar amigos

A textura, o cheiro dos cabelos; a suavidade do toque das mãos; a doçura da voz... Tudo isso fica dentro dele como um sinal da saudade.
E aqui me pareceu algo como a ‘marca do autor’(da autora no caso), algo muito bonito mesmo: ‘De me enganar que te esqueci’ me lembrou ‘Outra Vez’ (me esqueci de tentar te esquecer). Achei lindo encontrar isso nessa música também... É uma das minhas frases preferidas... Bom depois do momento mais pessoal:
A vontade de esquecer não a suficiente perto de todo amor. Então ele decide que é melhor viver sem a amizade dela também. Porque assim ele não vai sofrer tendo ela apenas como amiga...

Refrão

A Próxima Música é: Você Não Serve Pra Mim

- Diego Bachini Lima é estudante, fã de Roberto Carlos (no Brasil) e Bee Gees (no exterior); colunista semanal do Blog RCI, garante que em 2009 a análise poética vai ser publicada toda semana :D!

21 de novembro de 2008

Análise Poética nº 9 "Cenário"

O Meu Coração É Como Um Palco... Tantas As Histórias Já Vividas: Dramas, Romances, Comédias, Paixões... Um Entrar E Sair De Ilusões Sem Saber Se É Pra Rir Ou Chorar...
Cenário - Roberto Carlos

Cenário - Eduardo Lages

Cenário
Eduardo Lages; Paulo Sérgio Valle

O meu coração é como um palco/Tantas histórias já vividas/Dramas, romances, comédias, paixões/Um entrar e sair de ilusões/Sem saber se é pra rir ou chorar

Em 'Cenário' o eu-lírico se usa do teatro para explicar sua vida... Uma vida de coisas que são tão comuns nos palcos como as histórias de amor, felicidade, tristeza e solidão... Tudo isso acontece no mesmo lugar, que mesmo com as mudanças ainda é o mesmo palco...

Já tentei mudar o meu cenário/E esse coração tão solitário/Mas cada vez que as luzes/Se acendem sobre mim/De novo a mesma estória o mesmo fim

Ele tenta mudar, esquecer de tudo aquilo que não foi bom. Porque no fim de tudo o seu coração fica vazio como o palco ao final do espetáculo. Mas parece que como o palco, o seu coração é sempre usado para as histórias alegres no início, e tristes no final...

São lagrimas de amor que a maquiagem/Disfarça, mas não muda o personagem/Sorrisos tantas vezes encenados/Deixados de lado na vida

O artista tenta se esconder por trás de um personagem. Ele esconde seus problemas, suas frustrações. E com isso ele se confunde com o personagem. Aparenta ser algo que ele não é. Aparenta ser feliz, quando na verdade os sorrisos são apenas encenados... Não são de verdade...

Esse coração como um teatro/Vive em busca de um final perfeito/E agora em cena aberta eu vejo/Como ainda te desejo/Querendo ser feliz meu coração pede bis!

Aqui ele faz uma das maiores definições da grande razão que temos para viver: "Vive em busca de um final perfeito". Vivemos em busca da felicidade... E sozinho no palco do seu coração, ele sente toda a solidão que não ter o amor lhe faz passar... Então mesmo com o sofrimento das outras vezes ele não pode viver sem o seu amor... E pede BIS!

'Eu sei hoje eu exagerei... Mas é uma semana especial... Última semana em que subi em um palco como ator-aluno do colégio... Então perdoem minha fotos... Saibam sempre que aqui é um lugar dedicado ao REI ROBERTO CARLOS ;)'

A Próxima Música é: Amigos Amigos

- Diego Bachini Lima é estudante, fã de Roberto Carlos (no Brasil) e Bee Gees (no exterior); colunista semanal do Blog RCI, e garante que seu coração é como um palco, na semana que ele apresentou a última peça no seu grupo de Teatro do colégio (TAME - Teatro Amador Mercedário) como aluno. As fotos da coluna são: ele no palco do Salão Nobre aonde ele se apresentou a maioria das vezes nesses 8 anos de teatro; Ele de braços abertos (foto em 'fade' com a foto do rei de braços abertos), no Palco do Colégio Nossa Senhora das Dores aonde viveu os 2 únicos momentos de glória no mesmo, ganhado primeiro lugar de Poesia, e anos depois ganhando menção Honrosa com o Grupo TAME, com a peça "Um 'Tom' Na Literatura". A outra foto do Rei Roberto Carlos com o Co-autor de Cenário o Maestro Eduardo Lages, que nos deu a honra de uma visita semana passada.

14 de novembro de 2008

Análise Poética nº 8 "Costumes"

Como posso esquecer dos costumes se nem mesmo esqueci de você!!!
Roberto Carlos - Costumes


Costumes
Roberto Carlos; Erasmo Carlos

Eu pensei/que pudesse esquecer/certos velhos costumes/Eu pensei/que já nem me lembrasse/de coisas passadas

Os 'Costumes' em 1979, são o que em 1971, eram 'Detalhes'. A lembrança dos pequenos costumes, são como os "detalhes tão pequenos de nós dois". A diferença é que 'Costumes' é a visão de quem terminou, e agora está sentido falta do amor. 'Costumes' e Detalhes' são duas versões, os dois lados da mesma história.

Eu pensei/que pudesse enganar/a mim mesmo dizendo/que essas coisas da vida em comum/não ficavam marcadas/Não pensei/que me fizessem falta/umas poucas palavras/dessas coisas simples/que dizemos antes de dormir/

"Desesperada você tenta até o fim." 'Costumes' confirma isso. Só que por ironia aquele que falou tanto que os detalhes eram coisas muito grandes pra esquecer, agora tenta na música um desabafo, porque também não consegue esquecer. Ele tenta esquecer, mas tudo aquilo que o casal viveu junto ficou muito marcado no coração dele. As poucas pavalras são aquele retrato, que também procura antes de dormir...

De manhã/o bom dia na cama/a conversa informal/o beijo depois o café/o cigarro e o jornal/Os costumes me falam de coisas/de fatos antigos/não me esqueço das tardes alegres/com nossos amigos

Era tudo tão comum de se fazer, todo dia, que quando acaba, tudo faz falta. Parece que falta um pedaço. Mas ele parece sentir mais falta das coisas que eles faziam juntos do que da 'ex' mesmo.

Um final de programa/fim de madrugada/o aconchego na cama/a luz apagada/essas coisas/só mesmo com o tempo/se pode esquecer/

Os momentos de amor do casal, aonde os dois se tornavam um só, esses ficam marcados dentro do coração quando tudo acaba. Porque o amor é muito mais do que sexo. É aquilo que domina os amantes 'antes e depois do amor'.

E então eu me vejo sozinho como estou agora/e respiro toda a liberdade/que alguém pode ter

Esse é um dos momentos em que os Detalhes somem 'na longa estrada do tempo'. E é estranho não sentir nada por alguns instantes.

De repente ser livre/até me assusta/me aceitar sem você/certas vezes me custa

"De vez em quando você vai... Você vai lembrar de mim..." A saudade aperta o peito, ai não tem jeito: a solidão machuca e muito. As mãos tremem e o coração bate forte. É muito difícil viver sem o amor depois de já ter experimentado.

Como posso esquecer dos costumes/se nem mesmo esqueci de você!!!

Ai está a prova de que "um grande amor não vai morrer assim" e que ele vai sempre lembrar dela! Assim como em 'Detalhes' ela também não vai esquecer dele!
'Costumes' é menor do que 'Detalhes' talvez pela intensidade da dor e do amor. 'Detalhes' vai no fundo da alma para falar do amor. 'Costumes' vai em uma leve e triste saudade.

A Próxima Música é:
Cenário

- Diego Bachini Lima é estudante, fã de Roberto Carlos (no Brasil) e Bee Gees (no exterior); colunista semanal do Blog Roberto Carlos Internacional, vai estreiar esse Sabado no Programa Roberto Carlos

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