No artigo de hoje, você vai ver o que Roberto Carlos tem a dizer sobre as Canções que ele mais gosta:
1- Parei na Contramão
2- Não quero ver você triste
3- Como é grande o meu amor por você
4- Jesus Cristo
5- Ana
6- E por isso eu estou aqui
7- Meu pequeno Cachoeiro
8- Traumas
9- As curvas da estrada de Santos
10- Sua estupidez
11- 120, 150, 200 Quilômetros por hora
12- De tanto amor
13- Amada Amante
14- As flores do jardim da nossa casa
15- Detalhes
Parei na
Contramão:
"Tenho um carinho especial por essa
música. É uma canção água com açúcar, letra simples, nada de especial. Mas para
mim representa muita coisa: foi o meu primeiro sucesso nacional. A partir dai
passei a ser conhecido em todo o Brasil. Compus quando ainda trabalhava numa
repartição pública. no Rio. É para mim a moedinha número 1"
Não quero
ver você triste:
"Essa música tem uma história
engraçada: eu estava com o Erasmo no Rio quando de repente ele começou a
assobiar uma melodia. Achei bacana e ali mesmo comecei a fazer a letra. Ficou
pronta em dez minutos. Também está entre as minhas preferidas. Fala de uma mor
muito doce e triste."
Como é grande o meu amor por você:
"Quando eu estava namorando a Nice,
numa época em que poucas pessoas sabiam disso, procurei fazer uma música
dedicada a ela, falando do meu amor, não foi fácil. Precisava de uma frase
forte para dizer tudo o que eu sentia. Afina encontrei e deu sorte. A canção me
ajudou a conquistar Nicinha definitivamente. Por isso recordo do bons momentos
quando ouço este disco."
Jesus Cristo:
"Eu estava na cidade de Cascavel,
interior de Santa Catarina. Tinha acabado de fazer um show no clube local e
apesar de cansado, sentia dentro de mim uma coisa esquisita. parecia angústia.
Sei lá. Um negócio meio espiritual, e comecei a escrever os primeiro versos. De
volta a São Paulo telefonei para o Erasmo, expliquei tudo direitinho e no mesmo
dia terminamos a música."
Ana:
"A música é do Erasmo, a letra é
minha. Mais uma canção que fala de alguém que se foi, um amor perdido, feito de
saudade, de recordações. Ana Paula, minha filha não tem nada com a história,
mas o título foi uma homenagem a ela. A idéia começou quando estava voando de
São Paulo para o Rio. Na volta a letra estava pronta. É uma das minhas
favorita”
E por isso estou aqui:
"Essa é outra das músicas antigas
que gravei e gosto muito. Tem um ar meio clássico - partia para um novo caminho
- e é bem estruturada musicalmente. Fiz depois de um programa Jovem Guarda.
Estava triste com alguma coisa, mas não conseguia descobrir o que era.
Aproveitei meu estado de espírito para compor. Talvez seja esta razão de gostar
tanto dela."
Meu pequeno Cachoeiro:
"Esta música não foi feita
especialmente para mim, como muita gente pensa. É do Raul Sampaio, também de
Cachoeiro de Itapemirim. Gostaria muito de ter composto a canção, é o que
realmente eu sinto pela cidade onde nasci. Com essa letra ele traduziu tudo o
que poderia ser dito sobre o assunto. É uma música belíssima."
Traumas:
"Sempre que viajo, penso na minha
infância em Cachoeiro de Itapemirim. Quando fiz esta música estava em Nova
York, num hotel. Ela surgiu de uma revolta dentro de mim. É baseada nos
problemas que ficam escondidos dentro da gente. Saiu como uma explosão onde não
conseguia segurar mais as coisas que se passavam comigo no momento. No fim da
letra, eu já compreendia melhor os problemas gosto demais de Traumas."
As curvas da estrada de Santos:
"Uma noite eu estava descendo a
serra da estrada de Santos para fazer um show no Guarujá. De repente, uma idéia
antiga começou a crescer em mim. Eu sempre imaginava um cara dentro de um
carro, sozinho, procurando desabafar toda a dor de um amor perdido. É a
história de um rapaz que não tinha mais ninguém e só a velocidade poderia
ajudá-lo a encontrar um novo amor. Quando voltei do show, não fui dormir antes
de terminar a música."
Sua estupidez:
“Esta é um grito de alerta às pessoas que
amam, mas vivem infelizes porque dão muito valor a detalhes insignificantes.
Fiz a letra de manhã, depois de uma noite chuvosa. Acordei um pouco cansado de
tudo, das coisas inúteis que passam a ser importantes para que não entende nada
do valor dos sentimentos. É horrível conviver com gente “emburrecida” por
qualquer coisinha.”
120, 150, 200 Quilômetros por hora:
“Eu sempre fui chegado a um tremendo
carango. Dentro dele sinto-me outro. Essa letra reflete algumas coisas que
acontecem comigo e com qualquer outra pessoa dirigindo. Carro é o meu tema
favorito, e esta música, em particular, mexe muito comigo. A idéia nasceu
quando eu estava dirigindo o meu Jaguar.”
De tanto amor:
“É uma história de amor e foi composta
especialmente para Claudete Soares que deu uma excelente interpretação. São
coisas da vida, românticas, canção feita com simplicidade. Uma frase eu gosto
demais – me perdi de tanto amor. Isso
pode acontecer a muita gente. A música surgiu na volta de uma viagem à Europa.”
Amada Amante:
“Esta é especial para Nicinha. A letra
nasceu numa noite quando eu estava deitado, tranquilamente, na cama. É também
uma homenagem à esposa amante que sabe entender e amar um homem . Com essa canção
acho que consegui mostrar exatamente tudo o que sinto pela minha mulher . Nice
é uma companheira sensacional. A música é do Erasmo.
As flores do jardim da nossa casa:
“Esta eu fiz num hotel de Amsterdã, na
Holanda. Segundinho estava no hospital submetendo-se a uma intervenção
cirúrgica na vista. Eu, muito abatido e torcendo para que tudo desse certo com
meu filho, comecei a escrever a letra. Hoje segundinho é um menino saudável e a
música ficou como uma das grandes recordações de minha vida.”
Detalhes:
“É uma das letras de que mais gosto.
Procura mostrar os encontros e desencontros de um jovem nos seus problemas
afetivos. No fundo é uma tremenda fossa. Sou terrivelmente amarrado nessa
canção. Sempre achava que precisava compor algo assim. Agora estou satisfeito.
Detalhes foi feita numa tarde de chuva. Eu estava sentado na minha cadeira
favorita e o Erasmo no chão. Quando terminamos fui correndo mostrar para a
Nice. Ela adorou.”