31 de julho de 2008

Momento do Fã...:

Hoje vamos ver Mike Vlcek tocando e interpretando "Rosinha"....:

30 de julho de 2008

2008 - Roberto Carlos En Vivo


(Postagem para pesquisa apenas)

Repertório:

1. Abertura
2. Emociones (Emoções)
3. Que Será De Ti (Como vai você?)
4. Cama y Mesa (Cama e Mesa)
5. Detalles (Detalhes)

6. Desahogo (Desabafo)
7. El Dia Que Me Quieras
8. O Calhambeque (Mi Cacharrito)
9. Mujer Pequeña (Mulher Pequena)
10. Acróstico

11. Propuesta (Proposta)
12. Cóncavo Y Convexo (Côncavo e Convexo)
13. La Distancia (À Distância)
14. Amigo
15. Jesus Cristo

16. Amada Amante
17. Un Gato En La Oscuridad (Un gatto nel blu)
18. Yo Solo Quiero 'Un Millon De Amigos' (Eu quero apenas)

Roberto Carlos - 1993

28 de julho de 2008

26 de julho de 2008

Homenagem... "Malena"

malena esqueça baby meu bem
quero ter você perto de mim
os velhinhos querem acabar comigo
ninguem vai tirar você de mim

é papo firme eu te amo te amo te amo
eu estou apaixonado por você
o diamante cor de rosa minha senhora
é meu, é meu, é meu

tudo que sonhei nada vai me convencer
amigos, amigos ciúmes de você
não quero ver você tão triste
você é linda não adianta nada
não há dinheiro que pague
ternura antiga


"Malena, você lembra essa canção?
ela me faz lembrar tanto de você
eu te amo, eu te amo Malena"

"Malena esqueça baby meu bem
eu só quero ter você perto de mim"

25 de julho de 2008

Roberto Carlos & Roberta Miranda - "De tanto amor"

Ça Ressemble a l'amour (Solamente una vez)


Ça Ressemble a l'amour (Solamente una vez) - 1984  
Agustin Lara (versão: M. Saisse)

Si ce n'est par amour
ça y ressemble
C'est encore est toujours les mêmes mots
c'est le même refrain
c'est le même besoin de trendresse
le plaisir retrouvé
le plaisir qu'on voudrait partager.

Si ce n'est pas l'amour
ça y ressemble.
Côté coeur, côté cours
rien à changé
un regard, un sourire
des frissons, des soupirs, des caresses
Tous ces riens font que jours après jours
ça ressemble à l'amour.

Ça ressemble à l'amour.

un regard, un sourire
des frissons, des soupirs, des caresses
Tous ces riens font que jours après jours
ça ressemble à l'amour.

Ça ressemble à l'amour.

Ça ressemble à l'amour.

22 de julho de 2008

Roberto Carlos - 1982 - "La Guerre Des Gosses"



Dans la rue tranquille
de ces bidonvilles
pour changer l'avenir de la terre
une enfant s'avance
et plein d'innoncence
Il me dit "je m'en vais faire la guerre
la guerre des gens, qui sans raison,
on changé les fleurs par le béton"
puis il s'en vas sans hésiter
car il est prêt à tout laisser
pour partir se battre pour chanter.

La, la, la, la, la, la,
la, la, la,la, la, la

Sans très bien comprendre
et sans plus attendre
j'ai suivi l'enfant
dans cette ronde
il me dit "écoute
trous les grands sans doute
font courrir un tas
de risques au monde
Avec leurs machines à tout casser,
avec leurs machines et leurs fusées.
Je m'en vais arrêter tout ça",
alors moi sans savoir pourquoi
avec lui, je chante cet air là

La, la, la, la, la, la,
la, la, la,la, la, la

Au long de sa route
les enfants l'écoute
et d'un pas joyeux
ils l'accompagnent
Ils sont plus de mil
et font une file
traversant les villes et les campagnes.
C'est une armée de petits soldats
qui sans fusils s'apprêtent au combat
bientôt ils sont plusieurs millions
mais pour changer le monde
ils n'ont rien que leurs amours et leurs chansons.

La, la, la, la, la, la,
la, la, la,la, la, la

Un flot de lumière
envahit la terre
et un peu partout
leurs voix éclatent.
Les enfants s'embrassent
et les grands s'enlacent
c'est comme un cadeau
comme un miracle
La guerre est finie
ils ont gagné.
Les enfants vont pouvoir retrouver
les fleurs, les arbres et les oiseaux
les sources claires et les ruisseaux
dans un monde chaque jour plus beau
les Hommes ont enfin bien compris
qu'en renonçant à leurs folies
ils feraient de la terre un paradis.

La, la, la, la, la, la,
la, la, la,la, la, la
La, la, la, la, la, la,
la, la, la,la, la, la

21 de julho de 2008

20 de julho de 2008

17 de julho de 2008

16 de julho de 2008

14 de julho de 2008

13 de julho de 2008

Roberto Carlos Especial.... Quanto mais Som Melhor!!

Ele estreou no Canecão num show em que sua voz dominou todo o espetáculo

Quando Roberto Carlos apareceu no palco do Canecão, calça de veludo vermelho e túnica franjada de camurça escura, estava começando o show mais esperado das noites cariocas dos últimos anos.

Mas quando ele se curvou para agradecer as palmas (muitas) depois do número final, continuou a mesma ansiedade de antes da primeira música.

Era quase unânime a opinião de que esse mito da música popular brasileira está em nível superior ao esquema armado para sua primeira aparição ao vivo.

- Eu não dou mais importância para o exterior de nada.

Nessa sua apresentação diária (45 dias) na gigantesca cervejaria do Rio, ele está muito longe do arauto da jovem guarda que foi um dia. Nada dos muitos colares de antigamente e de roupas muito escandalosas. Mas a fama e a fortuna não conseguiram mudar o seu modo muito próprio de encarar a vida e os homens. Seu olhar de anti-herói também continua o mesmo.

Mas aquele não é mais o mesmo menino pobre de Cachoeiro do Itapemirim, o filho de um relojoeiro e de uma costureira que um dia voltou à sua terra, já famoso, e cantou para quase toda a população da cidade, na praça principal. Ali no Canecão a platéia era outra. E de repente, ele se lembrou dos velhos tempos em que ia, de bicicleta, fazer serenatas num bairro chamado Coronel Borges - em Cachoeiro - onde morava uma de suas musas da época.

Um dia sua serenata foi interrompida por um som meio dissonante: era o jipe da polícia. Mas sua bicicleta foi mais rápida e o jeito foi terminar a serenata em outro lugar, para outra musa. Dessa vez, o que havia era um bando de cachorros, que interferiram ruidosamente.

O cenário em que Roberto Carlos canta agora todas as noites para mais de três mil pessoas lembra uma das constantes de sua vida de jovem supersônico. Separando-o da orquestra, há um carro de corridas, seu grande tema desde Calhambeque até Duzentos Quilômetros Por Hora (que é o título do show).

Ele acha que essa verdadeira fixação em carros é porque houve os tempos em que não podia comprar um. Mas mesmo nisso houve a mudança: ele se interessa muito mais pelos motores do que pelas carrocerias.

Dele, o diretor Roberto Farias fala assim:

- O dia em que pudermos usar o Roberto Carlos dos discos no cinema, teremos a interpretação ideal. No próximo filme vamos tentar isso, mas todas as nossas experiências são muito medidas, muito calculadas.

Nós somos iguais em várias coisas. A minha tarefa como diretor foi descobrir nele o ator que cada um tem em si (a vida já é um palco). Em cinco minutos já se sabe o que esperar de um ator, e um ator trabalhando um ano em cinema já não tem mais o que aprender. Mas Roberto Carlos é um artista total.

Mas Roberto Farias o dirigiu em dois filmes e não no seu atual show.

As músicas João e Maria e Fora do Tom formavam o primeiro disco, um compacto. Era iê-iê, o ritmo que tomava conta de toda a música jovem. O disco não fez sucesso, mas ele não desistiu. Depois vieram mais seis discos, mas foi com Splish Splash que o seu nome começou a ser notado. Mas o grande estouro foi com Calhambeque. Veio Quero que tudo mais vá pro inferno e já era a glória. Roberto Carlos era o rei.

- Meu pai queria que eu fosse médico, mas eu queria ser aviador, porque achava muito bacana. Mas depois quis ser desenhista. Foi de repente que a música entrou em minha vida e nunca mais saiu.

O começo fora difícil, mas ele tinha persistência e tinha muita convicção nas coisas que fazia. Um dos segredos era que ele jamais se considerava realizado e estava sempre pensando no que viria depois. Isso acontece até agora, no cinema, por exemplo.

O primeiro foi muito bom, o segundo melhor ainda. Agora ele quer fazer um filme completamente diferente dos dois primeiros. Nos outros ele era Roberto Carlos. Nesse, ele quer ser um personagem.

- Também na música eu procuro novos caminhos e acho que agora é importante conquistar o exterior. Já sou um pouco conhecido na América Latina e na Itália. Mas quero viajar com a minha música.

Por enquanto, ele mostra aos cariocas que realmente é rei. E isso, na noite da estréia, muita gente viu (apesar de algumas falhas): de Simonal a Fernanda Montenegro, de Ibrahim Sued a Oto Lara Rezende. Todos viram (e ouviram) um líder da música do seu tempo. Um ídolo que já tem lá suas certezas:

- Eu não dou mais importância para o exterior de nada!


- Suas mensagens musicais continuam falando de amor, mas de uma forma muito diferente. Sua presença cênica é perfeita. Mas ele dá a impressão de não ter sido dirigido em cena: apenas sua intuição aparece. O recital poderia ter sido realmente o grande espetáculo do ano. E, de qualquer forma, é um grande espetáculo
- Para esse show ele firmou o maior contrato já feito com um cantor brasileiro.
- Ele é único, uma coisa. Ele é tão bom quanto Pelé. A frase é um pouco do que o público pensa de Roberto Carlos. Sua interpretação nunca foi tão segura como agora, justamente quando ele tem nova paixão: o cinema
Fonte: Revista Manchete - 1970

Roberto Carlos - "El dia que me quieras"

12 de julho de 2008

Momento do Fã... Grande Bessant 06!! =)

Cantou e Registrou seu momento de Artista...??

Este é Bessant tocando "Como é grande o meu amor por você...: =)



E Este é Bessant tocando "Detalhes"... =)



E Este é Bessant tocando "Nem às paredes confesso" em Português!!... =)

1976 - Io, l'amore e la mia Solitudine


(Postagem para pesquisa apenas)


Data de lançamento: 22 de Abril de 1976 / LP CBS 81334 (Itália)

Frammenti
Dimmi come fai
Tu Meraviglia
La Stazione
Io ti ricordo
L'artista

Lo Show è gia finito
Non ci toccheremo piú
Tanti Amici
Attitudini
Quando I Ragazzi andranno in vacanza
Seu Corpo

11 de julho de 2008

1968 - Canzone Per Te

Lado A
Canzone Per Te
È tempo di saper amare

Lado B
Você deixou alguem a esperar
O Sósia

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10 de julho de 2008

Roberto Carlos e O Diamante Cor De Rosa - 1969


A Trilha Sonora que nunca saiu!! Raridade!!

Roberto Carlos e O Diamante Cor De Rosa - 1969

Lado A:
01. O Genio (Orquestra Polydor)
02. Custe O Que Custar (Gustavo)
03. Karate (José Roberto)
04. Sarro (Wilson das Neves)
05. Ilha Rasa (Orquestra Polydor)
06. Nao Vou Ficar (Gustavo)

Lado B:
01. O Diamante Cor de Rosa (José Roberto)
02. Please Garçon (Joyce)
03. Karate (Orquestra Polydor)
04. As Curvas da Estrada de Santos (Gustavo)
05. Toboga (José Roberto)
06. Enganando Pierre (Orquestra Polydor)

Download: Baixar

Momento do Fã... Grande Bessant 05!! =)

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Este é Bessant tocando "Café da Manhã...: =)



E Este é Bessant tocando "Emoções"... =)



E Este é Bessant tocando "De coração pra coração"... =)

8 de julho de 2008

Roberto Carlos - "El dia que me quieras"



Acaricia mi ensueño
El suave murmullo de tu suspirar
Como rie la vida
Si tus ojos negros me quierem mirar
Y si es mio el amparo
De tu risa leve, es como un cantar
Ella aquieta mi herida
Todo, todo se olvida

El día que me quieras
La rosa que engalana
Se vestirá de fiesta
Con su mejor color
Al viento las campanas
Dirán que ya eres mia
Y locas las fontanas
Se contarán tu amor

La noche que me quieras
Desde el azul del cielo
Las estrellas celosas
Nos mirarán pasar

Y un rayo misterioso
Hará nido en tu pelo
Luciérnaga curiosa
Que verá que eres mi consuelo

La noche que me quieras
- "seremos felizes como a primeira aurora do mundo..."

Desde el azul del cielo
- "seremos como cometas de luz cometendo amor..."

Las estrellas celosas
- "saudarão o encontro dos homens com o pensamento..."

Nos mirarán pasar
Y un rayo misterioso
Hará nido em tu pelo
Luciérnaga curiosa
Que verá que eres mi consuelo

Momento do Fã... Grande Bessant 04!! =)

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Este é Bessant tocando "Com muito amor e carinho...: =)



E Este é Bessant tocando "Amante à moda antiga"... =)



E Este é Bessant tocando "El dia que me quieras"... =)

6 de julho de 2008

Se essa rua fosse minha

Se essa rua fosse minha - Continental - 1991 - Canção Luz do mundo - Roberto canta uma frase "...A lua, mas se esta rua fosse minha...".



01.Luz do Mundo - Criação Coletiva
02.Salve a Terra - Edu Lobo e Capinam - tema do Proj.Terra

Raffaella Carrá "Innamorata"

Versão em Italiano de "Cama e Mesa" - "Innamorata" cantada pela Diva Italiana: Raffaella Carrá



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5 de julho de 2008

Momento do Fã... Grande Bessant 03!! =)

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Este é Bessant tocando "Índia...: =)



E Este é Bessant tocando "Proposta"... =)



E Este é Bessant tocando "Folhas de Outono"... =)

Momento do Fã... Grande Bessant 02!! =)

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Este é Bessant tocando "Rotina"...: =)



E Este é Bessant tocando "Mulher de 40"... =)

4 de julho de 2008

1978 - Cavalcata

(Postagem para pesquisa apenas)

Data de lançamento: 16 de novembro de 1978. / LP CBS 83324 (Itália)

Cavalcata
Io ti propongo
Riprendi me, Riprendo te
Il mio diffeto è di volerti troppo
Non scordati de mi

Dopo L'orizzonte
Devo trovare il modo per richiamare la tua attenzione
Sconfitta
L'artista

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3 de julho de 2008

As músicas que fizeram de Roberto Carlos um Rei

Entre 1968 e 1971, o cantor e compositor lançou discos que modernizaram a canção e a poesia no Brasil, com a fusão de rock e soul music.


Roberto Carlos é o cantor mais popular do Brasil, desde 1965, com o lançamento e conseqüente estouro da canção "Quero que va tudo pro inferno", sua voz e suas canções têm marcado a vida dos brasileiros (e de habitantes da América hispânica de maneira intensa e curiosa. O cantor estourou como roqueiro e foi o primeiro a dar ao rock brasileiro uma cara própria - todos os seus herdeiros, de Mutantes a Los Hermanos, passando por Raul Seixas, Titãs, Legião, só pra citar alguns devem reconhecer esse pioneirismo.


Hoje, ele é um senhor romântico e religioso que mantem intacto o carisma, apesar de manter-se numa espécie de camisa-de-força estética, ou talvez até por isso mesmo.
Seus discos e especiais de Natal anuais se sucedem de forma ritualística há muito tempo. Afinal o fato dele se repetir o torna especial, único, sem par no mundo do show-business nacional, e continua a intrigar e a trazer provocações às avessas.

O curioso é que, ao ouvir o seu primeiro LP, Louco por você, de 1961, nunca relançado, o que se faz notar é um cantor de boleros, sambas, bossas e rock-baladas, ainda assim nitidamente influenciado pelo canto de João Gilberto, assim como aconteceria depois com seus companheiros de geração Chico Buarque, Caetano e Gil.

Mesmo sendo um romântico, Roberto estreou sem exageros interpretativos, seguindo o que havia de mais moderno e radical no Brasil em termos de estilo de canto.


Já no seu primeiro disco, um 78 rotações de 1959, Roberto canta João e Maria, uma bossa nova em que ele imita João, porém sem seu brilhantismo.
No segundo LP, de 1963, puxado por Splish splash - versão de Erasmo para um hit de Bobby Darin - Roberto opta pelo rock and roll entre rebelde e romântico, mantendo a influência de João Gilberto, o que nos próximos discos irá fazer dele não um simples adaptador do iê-iê-iê dos Beatles, e sim um intérprete original.

É interessante ressaltar que a letra em inglês de Splish splash é inferior à versão de Erasmo. Enquanto no original a onomatopéia que dá titulo à canção se refere ao barulho do sabonete na banheira, na versão de Erasmo, "Splish splash" corresponde a um beijo e a um tapa no escurinho do cinema - malícia e brejeirice como numa marchinha de Lamartine Babo (2 X 2).

Em "É proibido fumar" (1964), a dupla de compositores faz um clássico, a canção que dá título ao disco. A música chamou a atenção do iniciante Caetano Veloso para o que se estava fazendo fora do circuito dos pretensos seguidores da bossa nova, uma reflexão que iria levar ao tropicalismo em 1967:

"(...) percebíamos que sigo incendiando bem contente e feliz, nunca respeitando o aviso que diz que é proibido fumar era melhor poesia do que a maioria da música popular brasileira sofisticada época", escreveu o compositor baiano. É claro que os versos da canção têm conotação sexual como em "do beijo sai faisca / e a turma toda grita / que o fogo pode pegar (...) garota pegou fogo em mim".

Do mesmo disco, ainda, "Um Leão está solto nas ruas", de Rossini Pinto, tem esse erotismo malandro presente: "Um leão está solto nas ruas / calamidade igual nunca vi / jamais terá problemas de alimentação / se ele encontra o meu broto por ai". Mas o estouro do disco foi, sem dúvida, .. O calhambeque, versão de Erasmo, deu continuidade à tradição rocker carros-velocidade-garotas, iniciada com Parei na contramão, do disco de 1963.

No inicio de 1965, é lançado Roberto Carlos canta para a juventude, inferior ao seu antecessor.

O grande salto viria no seguinte, Jovem Guarda, com o estouro já citado de "Quero que vá tudo pro inferno", o disco traz boas canções da dupla Roberto & Erasmo e de outros compositores. Mas o que interessa, além da excelência das canções,é ressaltar a picardia malandra de algumas delas, o que dá um tom de brasilidade às mesmas inexistentes no rock nacional feito anteriormente.

A dupla compõe no estilo brasileiro de que fala o samba de Noel, "Não tem tradução" - "tudo aquilo que o malandro pronuncia/com voz macia, é brasileiro/já passou de português". Só que o malandro agora é o playboy de Mexericos da Candinha e Não é papo pra mim, que não quer saber de casamento, mas no fundo é um romântico ("porém ela no fundo sabe que ousou bom rapaz" e "talvez um dia quem sabe / encontre a felicidade / achando alguém pra valer / até morrer").

As lições do canto de João Gilberto continuam presentes em Gosto do jeitinho dela e Eu te adoro meu amor, de uma maneira mais explicita, e de forma menos aparente nas outras faixas.

Mas o que vale aqui não é mais imitar o ídolo, mas se inspirar nele para dar essa intenção de coloquialidade na interpretação das canções.

Roberto já é um intérprete maduro, e nos discos seguintes, Roberto Carlos (1966) e Em Ritmo de aventura (1967), o personagem do playboy romântico e roqueiro continua presente, principalmente nas canções de Getúlio Côrtes - O gênio e O sósia. Ainda de Getúlio, Negro Gato, se destaca não apenas pela canção, mas pela própria gravação, na qual o arranjo tosco da o tom da marginalidade ao negro gato de que fala a letra.

Uma gravação nunca superada, apesar de ter sido interpretada posteriormente por Luis Melodia e Marisa Monte, cujas gravações não possuem este tom protopunk da primeira.

Na linha do erotismo sutil de trabalhos anteriores, em Ar de moço bom, de Niquinho e Othon Russo, a personagem feminina é quem, após a cantada ("você está tão só / sozinho eu estou / que tal ir por ai passear?"), dá as cartas ("sem nada comentar / no carro ela entrou / e com o seu pezinho bem depressa acelerou").

A acelerada do pezinho corresponde ao ato sexual, nesta canção marcada novamente pela relação, tão cara a Roberto e ao rock, entre carros e garotas, num tom mais intimista que as antecessoras já citadas.



A Mudança

A partir de O inimitável, de 1968, antecipado pelo compacto com a música ganhadora do Festival de San Remo, Canzone por te, de Sérgio Endrigo, Roberto Carlos deixa de encarnar o playboy.

Na capa, o cantor aparece de perfil, com um violão de cordas de nylon, em vez de uma guitarra.

A influência da soul music, mais sutil no trabalho anterior, revela-se no canto, nas canções e nos arranjos, não apenas com guitarras, baixo e bateria, mas também com sopros e cordas.

Em algumas faixas, o uso do violão de cordas de nylon, tipíco da bossa nova, dá um tom de brasilidade ao disco, principalmente em Quase fui lhe procurar, de Getulio Côrtes, e Madrasta, de Renato Teixeira e Boto Ruschel, esta uma curiosa canção que enaltece a figura tradicionalmente vilipendiada da madrasta.


Não há nada na faixa que lembre o iê-iê-iê dos discos anteriores.

Um sofisticado arranjo de cordas e flautas emoldura a interpretação afinada e sensível da difícil melodia.

Roberto & Erasmo arrasam em Se você pensa, na qual o amor adolescente, característico dos tempos da Jovem Guarda, cede lugar a uma necessidade de maturidade na relação amorosa, com um carão dado à pessoa amada a partir de verses cortantes e interpretação raivosa. Como contraponto, em É meu, é meu, é meu, ainda da dupla, retorna o senso de humor cool neste fox, cuja letra descreve as partes do corpo da mulher amada como sendo da propriedade do amante.

Sem medo de parecer possessivo, Roberto canta doce e malandramente: "tudo que é seu, meu bem / também pertence a mim (...) da sua cabeça até / a pontado dedão do pé)..é meu, é meu, é meu". A partir dai, são mencionados o cabelo, a boca, olhos, ouvido, ombros, braços, mãos, joelho, pés, para arrematar, no final, com malicia: "tudo que eu falei, meu bem e o que eu não falei também / tudo que você pensar é meu, é meu, é meu".

Há momentos de pungente melancolia em As canções que você fez pra mim, também de Roberto & Erasmo, e E não vou mais deixar você tão só de Antônio Marcos, contrabalançada pela auto-ironia de Ciúme de você, de Luis Ayrão.

Nota-se a obra de um cantor maduro, para constar em qualquer discoteca básica da nossa canção popular, talvez o seu melhor álbum, se não fosse a presença das melhores canções de Roberto & Erasmo no disco posterior, de 1969, chamado simplesmente Roberto Carlos. Estas músicas são As curvas da estrada de Santos e Sua estupidez.

Na primeira, o tema da velocidade adquire tintas quase soturnas.

A rebeldia adquire uma causa. Os versos são confessionais. A raiz de todo desencanto é a carência afetiva e a dificuldade de entendimento na relação amorosa, explicitada no uso da métafora do espelho:

"você vai pensar que eu / não gosto nem mesmo de mim / e que na minha idade / só a velocidade / anda junto a mim (...) porque eu tento esquecer / um amor que eu tive / e vi pelo espelho /na distância se perder".


Na segunda canção, o ser amado é chamado de burro sem cerimônia:


"use a inteligência uma vez só /! quantos idiotas vivem só (...) sua estupidez não lhe deixa ver / que eu te amo".

Aqui Roberto & Erasmo se aproximam de Lupicinio Rodrigues e Herivelto Martins, nossos maiores desnudadores do ridículo e desconcertante dos embates amorosos. A poética ganha tons fortes e precisos pelo uso do insólito e a musa é desconstruída.
Para acentuar o tom algo dark do disco, contribui o arranjo de As flores do jardim da nossa casa, com um momento de contenção inicial, com apenas violão, baixo e bateria.

A estes vão se acrescentando as cordas em tons graves, à medida que a letra sugere a idéia de uma tempestade se formando ("as nuvens brancas se escureceram / e o nosso céu azul se transformou / o vento derrubou todas as flores / e em nós a tempestade desabou").

Para finalizar, um clímax entre dramático e sombrio com sopros em profusão interagindo com o cantor que agora berra o refrão: "eu já não posso mais / olhar nosso jardim / lá não existem flores / tudo morreu pra mim".

Aceito seu coração, a música seguinte, belíssima, de Puruca. possui um arranjo com oboés e violinos que se alternam para dar o tom preciso de delicadeza a esta canção que fala de reencontro. Quero ter você perto de mim, de Nenéo, é profundamente triste, com Roberto cantando no início à capela.

De novo, o arranjo vai num crescendo, com guitarra, baixo, e bateria, além de vibrafone e orgão sendo acrescentados à musica na proporção em que o tema se desenvolve. Só que aqui não há apoteose, pois a delicadeza da interpretação permeia toda a faixa, tanto do cantor, como dos instrumentistas.

E há o humor de Oh, meu imenso amor, de Roberto & Erasmo, valsinha na qual o interprete imposta a voz e brinca com a dramaticidade intencionalmente cafona da letra.

Colaboradora de Roberto em outros discos, Helena dos Santos deu a ele neste LP sua melhor canção: Do outro lado da cidade, que remete à bossa nova pela interpretação cheia de coloquialidade, alem de possuir uma riqueza harmônica maior que as outras.

O diamante cor-de-rosa é uma faixa instrumental, raridade em se tratando de um disco de Roberto Carlos, que é tema e título do filme estrelado por ele, Erasmo e Wanderléa nesse mesmo ano.

Com uma gaita solando a maior parte da melodia, é outra faixa melancólica. Além dos habituais Edson Ribeiro e Getúlio Côrtes, Roberto gravou, pela primeira vez, Tim Maia, cuja Não vou ficar responde pelo lado rock & soul do disco, junto com Nada vai me convencer, de Paulo Cesar Barros, ambas com interpretações intensas e num tom desaforado.


Essa sensibilidade ao dosar contenção e apoteose, delicadeza e desespero, ternura e rancor, faz deste outro LP antológico de Roberto Carlos.

O próximo disco, de 1970, tem a primeira musica religiosa de Roberto & Erasmo, Jesus Cristo, um gospel que faz sucesso ate hoje. E Pra você, clássico de Sílvio Cesar que tem os famosos versos: "ah, se eu fosse você / eu voltava pra mim". Mas é um álbum fraco, se comparado aos anteriores e ao que virá em seguida, que contém a canção de fossa mais popular da dupla Roberto & Erasmo, Detalhes.

Cantada de maneira doce e terna, e dialeticamente uma rogação de praga ao parceiro amoroso que deixa a relação: "não adianta nem tentar me esquecer"

Pra contrabalançar, outra pérola dos dois, De tanto amor, só que, desta vez, é um humilhante pedido a amada na hora da despedida: "me deixa pelo menos só te ver passar / perdoa se eu chorar".

Uma terceira canção equilibra os extremos das duas últimas: a audaciosa Amada amante, na qual o amor, apesar de clandestino, é resolvido. Os amantes se bastam e desatiam o mundo exterior:

"esse amor sem preconceito / sem saber o que é direito / faz as suas próprias leis (...) neste mundo desamante / só você, amada amante /faz o mundo de nós dois".

Num diálogo tropicalista, Roberto Carlos canta uma canção de Caetano Veloso, de versos desconcertantes, numa perspectiva existencial, inédita na carreira do Rei:

"eu sigo apenas porque gosto de cantar, tudo vai mal / tudo é igual quando eu canto e sou mudo tudo certo como dois e dois são cinco".

Caetano, ácido e cortante, do exílio, recebe a homenagem de Roberto & Erasmo, que dedicam a ele Debaixo dos caracóis dos seus cabelos, amorosa canção de amizade que o próprio Caetano regravaria anos depois no disco do show Circulado. Roberto Carlos, considerado um cantor "alienado" pela esquerda brasileira, surpreende mais uma vez.

Mas não nos deixemos enganar: Roberto é essencialmente e cada vez mais um romântico.

E se no seu próximo disco, de 1971, o rock deixa de comparecer, por outro lado este é seu disco mais conflituado. Conflitos do homem comum, casado, que se defronta com os fantasmas da infância em O divã, a monotonia e atribulações do casamento com filhos em Quando as crianças saírem de férias e se põe no lugar do adolescente em conflito com os pais em À janela, para, aristoteticamente, concluir em Agora eu sei, de Edson Ribeiro e Helena dos Santos: "quem sabe menos das coisas / sabe muito mais que eu".

O pensamento de Roberto não é o do poeta que tem a perspectiva de enxergar uma outra realidade. Ele não tenta mudá-la, conforma-se com as vicíssitudes em Traumas, do disco anterior: "talvez um dia pro meu filho / eu também tenha que mentir".

Na irmandade de pensamento como sujeito normal, em oposição ao "maluco beleza", Roberto Carlos se identifica com seu público e a partir daí continua sendo amado por ele, envelhecendo com ele e passando a fazer discos cada vez mais burocráticos, não mais se desnudando, às vezes com uma bela canção aqui, outra ali, o que não o desmerece, só o torna cada vez mais misterioso, já devidamente conquistados pelos seus olhos tristes e fundos de Roberto-Carolina.

Afinal, o tempo passou na janela e ele não viu, mas assim como o Rio de Janeiro, Roberto Carlos continua lindo e sendo o nosso triste terno rei da música popular brasileira do coração.


Fonte: Revista +Rock nº 01, de dezembro/2003

Postagem / Edição: HenryRoss

2 de julho de 2008

Momento do Fã... Grande Bessant 01!! =)

Cantou e Registrou seu momento de Artista...??

Este é Bessant tocando "Os seus botões"...: =)



E Este é Bessant tocando "Amada Amante"... =)



E Este é Bessant tocando "Pra Você"... =)

1968 - Canzoni per te


(Postagem para pesquisa apenas)

Data de lançamento: 8 de agosto de 1968. / LP CBS 63291 (Itália)

Canzone per te
Come una foglia
La tempesta
Non soffrirò più per te
L'ultima cosa
La nostra canzone

A che serve volare
Io ti darei il cielo
Il mio amore per te
È tempo di saper amare
Io sono un artista
La donna di un amigo mio

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1 de julho de 2008

1979 - Lady Laura

(Postagem para pesquisa apenas)

Data de lançamento: 24 de maio de 1979. / EP CBS 7414 (Itália)

1) Lady Laura
2) Fede

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1977 - Riprendi Me, Riprendo Te

(Postagem para pesquisa apenas)

Data de lançamento: 16 de junho de 1977. / EP CBS 5377 (Itália)

1) Riprendi Me, Riprendo Te
2) Devo trovare il modo per richiamar la tua attenzione

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Jerry Rivera - El Camionero

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