22 de novembro de 2012

Roberto Carlos e o especial!


Roberto Carlos e o especial!



O bairro do Divino, perdido em algum lugar da Avenida Brasil, parou o País neste ano e fez a Rede Globo descobrir o poder da classe C. A verdade é que esse é um público que Roberto Carlos já descobriu há muito tempo e que o especial de fim de ano, gravado na noite desta quarta-feira (21), no Rio de Janeiro, só fez o Rei reencontrar esse mesmo público.

Não só o Divino, ao lado de Arlindo Cruz com Meu Lugar, mas o Divino da musica O Homem. Roberto já conhece esse público, mas parece estar em busca de algo novo. E com seu funk Furdúncio e com Esse Cara Sou Eu - ambas estouradas na parada de sucesso (como antigamente) de Salve Jorge -, novela de Glória Perez, que de quebra contou ao Rei a historia de Morena e Théo e o ajudou a terminar a letra.
Mas Roberto foi além na globalidade de seu show mais noveleiro dos últimos tempos. Tirou da linha do tempo Chayenne, Cida, Rosário, Penha e Socorro, e, "cheio de charme", cantou com as Empreguetes Isabelle Drummond, Leandra Leal, Taís Araújo, Titina Medeiros e Cláudia Abreu a musica É Meu, É Meu, É Meu. E foi só dele - e de mais ninguém - o beijo na boca dado por Cláudia Abreu, que arrancou gargalhadas da plateia, para inveja das Curicas, segundo a personagem.

Roberto Carlos rejuvenesce sem deixar de ser clássico. Show aberto com Emoções, depois Como É Grande Meu Amor por Você e um pout-pourri recuperado de um disco ao vivo de 87, com texto de Ronaldo Boscôli (uma homenagem, disse Roberto), incluindo Café da Manhã, Seu Corpo, Os Botões da Blusa, Falando Sério e o Côncavo e o Convexo. Também não faltou Roberto ao violão, com Detalhes e com a história de um cachorro de infância antes de O Portão.

De volta a Avenida Brasil, veio Seu Jorge rodando nas Curvas da Estrada de Santos e cantando Amiga da Minha Mulher. E se era para ser popular, nada mais óbvio que Michel Teló e seu sucesso mundial Ai, Se Eu Te Pego. Mas antes da dupla apresentar o hit, um momento surpresa: Teló, que descobriu que queria ser artista aos 7 anos, quando cantou para seu pai Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo, sucesso dos anos 80 do Rei, subiu ao palco e relembrou o momento com Roberto Carlos, emocionando sua família na plateia.
Ambos se emocionaram com a canção e de onde se esperava nada, saiu o momento mais emotivo da noite. Depois, aí sim, veio o hit de Teló com direito a dança dos dois com as atrizes Paloma Bernardi e Monique Alfradique.

Artista, alias, é coisa que nunca falta aos shows de Roberto Carlos. E desta vez não foi diferente. Fátima Bernardes, Susana Vieira e Sandro Pedroso, Rodrigo Lombardi, Nanda Costa, Arlete Salles, Marcos Caruso, José de Abreu, entre outros, estavam lá para conferir a apresentação do Rei.
Antes de terminar com seu clássico Jesus Cristo e a farta distribuição das rosas, vale a pena dar uma volta pelo cenário carioca das Reflexões (o nome do show). Homenagem ao Rio com Copacabana, o barco que Roberto vê da janela de seu apartamento na Urca, os Arcos da Lapa, o Cristo Redentor e o Teleférico do Complexo do Alemão. Cenário de Salve Jorge, símbolo do Rio de Janeiro dos tempos de favelas pacificadas e de um Roberto Carlos, porque não dizer, cada vez mais popular.

Na TV, no dia 25 de dezembro, o público vai ter mais surpresas que não puderam ser vistas na gravação do show. Roberto vai cruzar a cidade de carro com seus sucessos remixados pelo DJ Meme, terá o camarote invadido pelas Empreguetes e diversas outras homenagens.

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