2 de junho de 2007

2ª Parte - Roberto Carlos descobre seu talento


Um de seus amigos de infância chamava-se Edson José Ribeiro, o Edinho, com quem partilhava as brincadeiras de barquinho (Segundo Edinho, Roberto fazia os barquinhos de madeira como ninguém), de rolar pneu e de pegar garupa na carroceria de caminhão. Seus colegas de infância, afirmam que, desde menino, Roberto Carlos já demonstrava toda sua liderança entre os colegas. Outra característica vinda desde a infância, era sua paixão por automóveis. Roberto e Edinho passavam horas e horas brincando de motorista nos restos de um trator que ficava numa oficina do bairro.


TALENTO PRECOCE

Lá mesmo em Cachoeiro, cidade que o venera de maneira extraordinária, Roberto Carlos começou a mostrar seus pendores artísticos. Ainda de calças curtas, começou a participar de programas de auditório na Rádio Cachoeiro (ZYL-9), onde conheceu o Sr. José Nogueira, que integrava o regional (a orquestra de acompanhamento dos calouros). Roberto chamou a atenção de José Nogueira por ter ganho o concurso de calouros 3 vezes consecutivas e assim iniciou com ele uma amizade que rendeu a Roberto Carlos os conhecimentos básicos de violão. Naquela época, Roberto era muito aplaudido cantando tangos argentinos, como "Mano a Mano", canções mexicanas e até mesmo célebres canções italianas, como "Strada del Bosco". Parecia até que seria uma premonição de sua notável vitória no Festival de San Remo, na Itália, muitos anos depois.

OS PRIMEIROS PASSOS

Foi lá em Cachoeiro, ainda adolescente, que Roberto aprendeu com "Seu" Zé Nogueira os primeiros acordes com o violão.

SONHO DE SER ARTISTA

Ainda quando a Radio Nacional era a mais popular emissora do pais, o Programa Cézar de Alencar tinha um enorme prestígio entre os ouvintes. Os maiores nomes do mundo artístico se apresentavam no programa semanalmente. Cantar neste programa era o sonho dourado de todos os cantores. E Roberto também sonhava com isto. Em casa, com os amigos e com os irmãos, não falava em outra coisa. Tanto que fez, que finalmente conseguiu que seu pai Robertino conseguisse a sua participação no programa da Rádio Nacional. Acontece, porém que Roberto estava na idade de mudar a voz e por isto, cantou e não fez o sucesso desejado. Ninguém reparou no garoto sonhador, a não ser a sua querida cidade de Cachoeiro.

PERSEVERANÇA DE REI

Roberto Carlos mostrou-se conformado e voltou para sua cidade sem perder as esperanças de algum dia ser alguém na Música Popular Brasileira. Continuou a participar com constância de alguns programas na ZYL-9 (A primeira rádio que se apresentou na vida, cantando um bolero de Gregório Barrios, Amor i mas amor), até que, em 1955, já então com 14 anos, sua família se mudou para o bairro do Fonseca em Niterói, no Rio de Janeiro e depois para o bairro do Lins de Vasconcelos, na Guanabara (Hoje Rio de Janeiro).

No Rio de Janeiro, Roberto conheceu, Arlênio, Tim Maia e Wellington e a medida que a amizade entre eles cresceu, o assunto passou a ser um só: "Música". Tanto falaram que acabaram formando um conjunto, o que naquela época não era tão fácil quanto hoje e, certamente influenciados pelos noticiários dos vôos orbitais, batizaram o conjunto de The Sputniks, afinal de contas, um conjunto moderno tinha que ter um nome de acordo com a época e nada melhor do que o nome de um satélite espacial.

CANTANDO SEUS ÍDOLOS

Mas um gênio da música só precisava de um violão e um microfone para colocar sua inspiração para fora e, de ouvido mesmo, sem nunca ter aprendido teorias, Roberto já ia cantando o repertório de seus ídolos na época, que eram os românticos Bob Nelson, Nelson Gonçalves e Orlando Silva. Amanhã você vai saber comop Erasmo Carlos surgiu na estória do Rei e mais, como foi o lançamento do seu primeiro disco.

Nenhum comentário:

Compartilhe com seus amigos!

Related Posts with Thumbnails